"São pensamentos soltos traduzidos em palavras Pra que você possa entender O que eu também não entendo"

Concordei com o 'compromisso ético' do blog da Dora (caffe bar) e por isso pretendo praticá-lo aqui.
Assim o farei: todo texto que não for meu estará em BRANCO e com a possível referência. Os meus textos estarão coloridos, como gosto de postá-los.

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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Conclusões...


Dia 17 de janeiro participei da cerimônia da OAB onde recebi minha carteira de estagiária. A entrega acontece juntamente para advogados e estagiários. Foi uma bonita cerimônia, apesar de ter ouvido comentários de outros colegas que já haviam recebido as suas, eu confesso que esperava algo bem mais simples, como uma entrega de carteirinha de estudante ou certificado de participação da faculdade.

Nesse dia guardei dois discursos que ouvi. O primeiro a falar foi o paraninfo, um senhor bem idoso do qual eu esperava palavras mais duras quanto à pequena quantidade de aprovados e de total apoio a entidade da classe, além do louvor a instituição. Bom, eu me enganei. Ele começou falando sobre um tempo em que foi abolido o exame da ordem, como é esperado de alguém que já pode ver sua história construída e até de certa forma reconhecida. Relembrou as alegações que eram feitas para embasar essa abolição, as quais ainda são bastante exploradas no meio acadêmico- jurídico.

Assim como hoje, a necessidade de uma prova após a emissão do diploma pela instituição de ensino superior (que estaria aprovada pelo governo para formar tais profissionais) seria um absurdo. Todavia, não parece assim tão absurdo quando se pensa na possibilidade de desembocar profissionais desqualificados para lidar com a justiça do país. Só que esse temor não se apresenta diretamente ligado a proficiência das faculdades em preparar seus alunos, mas sim em todo um sistema educacional desgastado e ineficiente, desde a educação básica.

De outro lado, não é possível deixar de enxergar o grande mercado que se tornou o exame. A vergonha que envolve cursinhos de todo tipo, manuais e livros numerosos. Além da grande rentabilidade para a própria ordem, gerada pelas inúmeras inscrições daqueles que desesperados tentam a prova pela quarta ou quinta vez. Enfim, ele não negou a necessidade da prova, ressaltando não a falta de capacidade dos formandos, mas antes a falta de capacidade da educação como um todo, o interesse de alguns e a incapacidade do governo em políticas concretas na área.

Porém, não foi somente este discurso que me prendeu. Outro a ter o privilégio da palavra foi um rapaz, advogado que aparentemente não exerce há muito tempo a profissão, mas bastante reconhecido. Este falou sobre surdez, vontade e método.

Ilustrando sua dissertação trouxe a todos a fábula de uma corrida na selva, em que dentre muitos animais participava também um sapinho. Esse sapo começou a corrida junto com os outros animais. A todo o momento os outros competidores falavam a ela palavras de desânimo, enquanto desistiam e paravam. Todavia, o sapo foi o único a chegar ao fim da corrida como vencedor. Na premiação o leão, rei da selva, lhe perguntou qual era o segredo para superar tantos obstáculos. No lugar da resposta do sapo, ouviu um: - Ahm? – O sapo era surdo!

Tirei duas conclusões, cada uma procedente de um discurso. Não podemos nos fazer de cegos. Porém, muitas vezes é preciso ser surdo.

2 comentários:

  1. voce fez uma prova p ser estagiária?


    gostei muito da fábula do sapinho! rsrs
    e concordo com sua última frase

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  2. não,não fiz prova, ainda...rsrsrs prova eu farei no final do ano pra receber a definitiva. A propósito, q bom q gostou! =D

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