"São pensamentos soltos traduzidos em palavras Pra que você possa entender O que eu também não entendo"

Concordei com o 'compromisso ético' do blog da Dora (caffe bar) e por isso pretendo praticá-lo aqui.
Assim o farei: todo texto que não for meu estará em BRANCO e com a possível referência. Os meus textos estarão coloridos, como gosto de postá-los.

Se gostou, divulgue. Mas indique a fonte.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A música de HOJE

Ironic

Alanis Morissette
An old man turned ninety-eight
He won the lottery and died the next day
It's a black fly in your Chardonnay

It's a death row pardon two minutes too late
Isn't it ironic... don't you think


It's like rain on your wedding day
It's a free ride when you've already paid
It's the good advice that you just didn't take
Who would've thought... it figures

Mr. Play it Safe was afraid to fly
He packed his suitcase and kissed his kids good-bye
He waited his whole damn life to take that flight
And as the plane crashed down he thought
"Well, isn't this nice."
And isn't it ironic ... don't you think

It's like rain on your wedding day
It's a free ride when you've already paid
It's the good advice that you just didn't take
Who would've thought... it figures


Well life has a funny way of sneaking up on you when

you think everything's okay and everything's going right
And life has a funny way
of helping you out when you think everything's gone wrong and everthing blows up in your face

A traffic jam when you're already late
A no-smoking sign on your cigarette break
It's like 10,000 spoons when all you need is a knife

It's meeting the man of my dreams
And then meeting his beautiful wife

And isn't it ironic... don't you think
A little too ironic.. and yeah I really do think...

Well life has a funny way of sneaking up on you
And life has a funny, funny way of helping you out

Helping you out



Irônico mesmo é alguém conseguir ser tão incrível...

Just a dream

Eu volto de Arraial, recebo algumas notícias e Soninho ainda vem com esssa! A música que ele me mandou foi "Just a Dream"-Nelly. Boa música e condizente com o momento da postagem... rsrsrsrs Obs.: A preocupação dele era que eu não postasse o resto da conversa. kkkkk

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Números Negativos


Hoje, voltando do curso que faço no centro de Niterói, presenciei uma cena dentro do ônibus que não pode ser só mais uma. Um casal que estava dois ou três bancos a minha frente simplesmente atirou pela janela uma garrafa de água. O fizeram na direção dos carros que vinham na mão contrária e por isso a garrafa bateu com toda força em cima de um capô. Como o ônibus estava em movimento, nada aconteceu com o casal, nenhuma reprimenda. Admito que fui acometida na hora de uma vontade louca de ir reclamar com eles, porém, percebi que seria patético da minha parte virar justiceira dentro do ônibus, até porque os fulanos agiram na maior naturalidade tais quais os outros passageiros.

Não é preciso ser fiscal da natureza ou engenheira ambiental para saber a tamanha falta de educação, além do desrespeito com o ambiente público, que é atirar uma garrafa pela janela. Eu não sou do tipo que levanta bandeira ambientalista, mas entulho minha bolsa de papéis e plásticos de todo o tipo na tentativa de não piorar ainda mais a situação das ruas da cidade onde vivo. A situação toda me deixou tão incomodada que me fez olhar fixamente para o casal tempo suficiente para ficar sem graça. Não eles, mas eu, visto que os dois não davam a mínima para o acontecido.

Fiquei vagueando com os porquês de tanta indiferença, ou seria tanta diferença de pensamento, de atitude... Sou levada a acreditar que é a ignorância. Não falo como forma de menosprezar ninguém. Refiro-me a falta de uma educação básica, até mesmo cultural, que nos faz enxergar o óbvio. Aquela educação que nos diferencia das populações que na Europa Medieval jogava seus esgotos no meio da rua ou sequer lavava as mãos.

O que me espanta é que em todo jornal, revista, noticiário, são apresentados números de crescimento da educação no nosso país. A olhos nus é possível perceber a melhoria sócio-econômica. Mas parece que o que atingiu o bolso não conseguiu atingir com o mesmo impacto a educação, de forma a gerar uma consciência cidadã. Ainda que os números de analfabetos tenham caído significativamente nas últimas décadas, será que temos educado novos cidadãos, pessoas que exerçam uma leitura crítica de onde estão inseridas?

É essencial que nos enxerguemos partes integrantes e atuantes dentro da sociedade. O papel da educação também é fazer com que possamos entender a dimensão das atitudes que tomamos e como elas se refletem em nós mesmos. Será que somos sujeitos tão passivos assim? Não devíamos. Talvez o investimento das políticas públicas nas últimas décadas tenha sido voltado para uma educação técnica demais, talvez a sociedade tenha de certa forma optado por isso. Porém, se só nos preocupamos em torcer as porcas e os parafusos, não teremos tempo para ler os manuais.

Até quando culparemos os outros pelas sujeiras das nossas ruas, pela falta de estrutura das universidades, pela violência ou pela corrupção? Afinal quem anda nas ruas? Quem estuda nas universidades? Quem paga impostos? Quem consome? Quem escreve na rede mundial? Quem vota? Nós, enquanto pessoas, eleitores e cidadãos somos responsáveis.

É preciso acreditar na educação como meio eficiente para alcançar melhoria social, política e econômica. Todavia, não é essa crença que se vê nas camadas mais carentes da população. Em uma pesquisa divulgada na Folha de São Paulo (26/01/2008) dos 1,7 milhão de jovens entre 15 e 17 anos que abandonaram os estudos, quatro em cada dez dão como causa a perda do interesse ou a não convicção de que a escolaridade os ajudaria a conquistar um bom emprego. Quanto menos informados, quanto menos educados, mais servimos para engordar números negativos.

...e a cidade continua suja.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Conclusões...


Dia 17 de janeiro participei da cerimônia da OAB onde recebi minha carteira de estagiária. A entrega acontece juntamente para advogados e estagiários. Foi uma bonita cerimônia, apesar de ter ouvido comentários de outros colegas que já haviam recebido as suas, eu confesso que esperava algo bem mais simples, como uma entrega de carteirinha de estudante ou certificado de participação da faculdade.

Nesse dia guardei dois discursos que ouvi. O primeiro a falar foi o paraninfo, um senhor bem idoso do qual eu esperava palavras mais duras quanto à pequena quantidade de aprovados e de total apoio a entidade da classe, além do louvor a instituição. Bom, eu me enganei. Ele começou falando sobre um tempo em que foi abolido o exame da ordem, como é esperado de alguém que já pode ver sua história construída e até de certa forma reconhecida. Relembrou as alegações que eram feitas para embasar essa abolição, as quais ainda são bastante exploradas no meio acadêmico- jurídico.

Assim como hoje, a necessidade de uma prova após a emissão do diploma pela instituição de ensino superior (que estaria aprovada pelo governo para formar tais profissionais) seria um absurdo. Todavia, não parece assim tão absurdo quando se pensa na possibilidade de desembocar profissionais desqualificados para lidar com a justiça do país. Só que esse temor não se apresenta diretamente ligado a proficiência das faculdades em preparar seus alunos, mas sim em todo um sistema educacional desgastado e ineficiente, desde a educação básica.

De outro lado, não é possível deixar de enxergar o grande mercado que se tornou o exame. A vergonha que envolve cursinhos de todo tipo, manuais e livros numerosos. Além da grande rentabilidade para a própria ordem, gerada pelas inúmeras inscrições daqueles que desesperados tentam a prova pela quarta ou quinta vez. Enfim, ele não negou a necessidade da prova, ressaltando não a falta de capacidade dos formandos, mas antes a falta de capacidade da educação como um todo, o interesse de alguns e a incapacidade do governo em políticas concretas na área.

Porém, não foi somente este discurso que me prendeu. Outro a ter o privilégio da palavra foi um rapaz, advogado que aparentemente não exerce há muito tempo a profissão, mas bastante reconhecido. Este falou sobre surdez, vontade e método.

Ilustrando sua dissertação trouxe a todos a fábula de uma corrida na selva, em que dentre muitos animais participava também um sapinho. Esse sapo começou a corrida junto com os outros animais. A todo o momento os outros competidores falavam a ela palavras de desânimo, enquanto desistiam e paravam. Todavia, o sapo foi o único a chegar ao fim da corrida como vencedor. Na premiação o leão, rei da selva, lhe perguntou qual era o segredo para superar tantos obstáculos. No lugar da resposta do sapo, ouviu um: - Ahm? – O sapo era surdo!

Tirei duas conclusões, cada uma procedente de um discurso. Não podemos nos fazer de cegos. Porém, muitas vezes é preciso ser surdo.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A Caixa



Estavam todos sentados na sala. Palavras, quase nada. Muitos pensamentos, isso começava a lhe incomodar.

Eram as cores da hora de ir à escola que mais lhe chamavam a atenção... gostava muito do recreio... era ruim a forma como os raios de sol lhe atrapalhavam de ver a televisão...o cheiro do feijão lembrava vovó... odiava quando os cadarços se desamarravam... e por que nunca criava coragem para perguntar?

Já era hora de lavar as mãos. Por mais que tentasse os pensamentos continuavam a rondar, eles estavam lá no intervalo de cada garfada. Acabou, pediu licença.

Os danados a seguiram de volta para a sala, ainda que por alguns instantes fossem apenas o pano de fundo daqueles que ela buscava se apegar com tanto esmero e polidez. Os mal-educados nunca batem antes de entrar, eles invadem porta adentro e tornam-se cada vez mais recorrentes quando se tenta expulsar. O certo é conversar com eles, explicá-los seus motivos, fazê-los compreender e educá-los. Assim eles se vão, e ainda que retornem, já serão velhos amigos.

Mas ninguém lhe havia ensinado isto. Apenas educavam-na a guardá-los na caixa, juntamente com as perguntas e com seus modos afoitos (estes pareciam incomodar bastante, e apesar de não saber bem do que se tratava acreditava estarem de alguma forma ligados as brincadeiras que mais gostava).

A caixa ficava no canto da sala, com um belo laço, do lado direito de quem entra pela porta principal, ali pertinho do sofá. Todos pareciam ter orgulho de exibir a grande e quadrada as visitas, mas ela não conseguia entender. Ela gostaria de descobrir os porquês e todo o resto.

Tudo estava dentro da caixa - bem lacrado - ela precisava se presentear.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Use Somebody

Não sou das mais místicas quanto à virada do ano. Não dou pulinhos. Apenas como o que gosto, nada de iguarias extraordinárias. Passei com um vestido nude, tomara-que-caia, unhas vermelhas e sapatilha dourada (cores escolhidas sem superstição). Fui à igreja. Não fiz pedidos de "virada", pretendo me ater a objetivos que possa concretizar durante o ano, será estudo, estudo e estudo. Abracei a muitos, todos que apareceram, dos mais queridos aos desconhecidos que me rodeavam. Amei os fogos, comi e dormi bastante.

Neste primeiro dia de 2011, após um almoço na casa de parentes, volto-me a continuidade do acesso e atualização de meus pequenos espaços na rede mundial de computadores. Senti durante todo o dia a necessidade de postar algo novo, em razão do tempo que não estarei com livre acesso. Alguns assuntos vêm martelando em minha mente nessa última semana, tenho seguido o conselho de uma amiga (mais experiente quanto aos blogs), que me orientou a escrever os flashes que vêm à mente, retalhos que serão depois costurados para formar o texto que insiste em dificultar.

O primeiro envolve pessoas próximas e tenho a pretensão de retratá-lo da forma mais fictícia possível. O outro ainda parece-me abstrato demais, é apenas um tema comentado por um professor de ética em sala de aula, mas que preciso amadurecer de alguma forma.

Em razão de serem esses assuntos embrionários, vou postar hoje apenas uma música que não tem saído da minha mente já faz algum tempo. Estou descobrindo o que ela diz a mim e de mim.

Use Somebody
Kings Of Leon

I've been roaming around
Always looking down at all I see
Painted faces, build the places I can't reach

You know that I could use somebody
You know that I could use somebody

Someone like you, and all you know, and how you speak
Countless lovers under cover of the street

You know that I could use somebody
You know that I could use somebody
Someone like you