"São pensamentos soltos traduzidos em palavras Pra que você possa entender O que eu também não entendo"

Concordei com o 'compromisso ético' do blog da Dora (caffe bar) e por isso pretendo praticá-lo aqui.
Assim o farei: todo texto que não for meu estará em BRANCO e com a possível referência. Os meus textos estarão coloridos, como gosto de postá-los.

Se gostou, divulgue. Mas indique a fonte.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

I am in repair


Conversando com um amigo no msn, num desses dias que passei a noite atualizando blog, orkut e facebook (graças as férias da faculdade), fui indicada a ouvir algumas músicas do John Mayer. Conhecia apenas uma música dele e confesso que foi uma boa surpresa. "In repair" foi ouvida com um carinho especial já que tem uma letra linda, e veio ao encontro de algumas convicções que nutro a algum tempo.
Sempre achei desconfortável a ideia de emendar um relacionamento em cima do outro, talvez seja um defeito meu, mas quando se trata da assertiva popular "nada como um novo amor para esquecer o outro" eu discordo. Acho que não há nada melhor que o tempo para se acertar os ponteiros e continuar a caminhada com coração e mente tranquilos. Penso que se não consigo ficar feliz sozinha, definindo meus objetivos e entendendo a mim mesma, não conseguirei alcançar equilíbrio com ninguém. Gosto de estar com minha família, gosto de ter a liberdade de aproveitar meus amigos, gosto de me aproveitar ao máximo.
Fico impressionada quando conheço pessoas com a incrível capacidade de se desapegar. Pergunto-me se é excesso de amor próprio, afinal, alguém que esteja plenamente satisfeito consigo mesmo não depende do outro para compartilhar sonhos e ideais. Outra possibilidade é que estas pessoas sigam a risca o ditado popular, o que as leva a uma incessante busca pelo preenchimento do vazio que ficou na despedida de personagens antigos.
Bem, não sou de espernear, nem fazer da gota de chuva uma tempestade. Mas se nem o armário tenho facilidade de esvaziar, quem dirá me desfazer das palavras e braços dados. Sinceramente, não sou boa em construir relacionamentos descartáveis.
"I should assume, it's still unsteady
I am in repair"

sábado, 25 de dezembro de 2010

Agradeço

Deus, nesse Natal quero apenas agradecer.
Agradecer a vida.
Agradecer pela família que tenho, que me dá segurança.
Agradecer pela união, que me traz conforto.
Agradecer pela saúde que me permite desfrutar de pequenas e grandes alegrias.
Agradecer pelos amigos, por ter a possibilidade de aprender a conviver com diferenças.
Agradecer pelos momentos, que me proporcionam tanta felicidade.
Agradecer as correções que me levam a aprender.
Agradecer as críticas que recebi, pois me fazem crescer.
Agradecer os meus limites, que me ensinam a ser mais humana.
Agradecer as dificuldades que me ensinam a ser grata.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Só um sonho

Passado.
Engraçado, não esperava por isso, a possiblidade de que mais cedo ou mais tarde ele apareceria... iriamos nos esbarrar. Eu sabia que uma ida sem despedida não acontece sem continuação, aprendi nos filmes. Mas confesso que a volta dele me pegou desprevenida, como tem de ser nas boas histórias. Confusa por não saber como agir, apenas aceitei.
Incrível, tão real... eu, você, um amigo e uma criança caminhando em pares de mãos dadas. Estávamos numa rua de jardins, perto de chegar ao seu destino (é, eu estava em um caminho que era seu) você, com toda sua peculiar gentileza, perguntava se não era melhor soltarmos as mãos, afinal, é tão infantil andar assim. Eu aceitei, sequer questionei. Reparei que o amigo nos acompanhava e continuava de mãos dadas com a criança. E sorria no canto da boca, talvez de alguma brincadeira, ou, quem sabe, da minha ultrapassada ingenuidade... Quando chegamos, era o seu trabalho. Muitos cumprimentos, sorrisos, meus também. Boba. Ainda fiquei por algum tempo olhando-o. Acordei.
Estranho, acreditava ter me desfeito de todas as malas, toda bagagem havia sido desmanchada. Passado. Agora sei, ele voltou por que é hora de despedida. Pronto.
Não apareça mais.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

"(...)Quando eu era pequeno, todo o esplendor do presente de Natal estava também na luz da árvore, na música da missa de meia-noite, na doçura dos risos... - Os homens do teu planeta - disse o principezinho - cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim...e não encontram o que procuram... - Não encontram... - respondi. - E no entanto o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa, ou num pouquinho d'agua... - É verdade. E o principezinho acrescentou : - Mas os olhos são cegos. É preciso buscar com o coração..." O Pequeno Princípe
O fim do ano está chegando. Compartilho com muitos essa animação inexplicável para as festas, principalmente se tratando do Natal. Por mais que pareça piegas, assumo que essa data me traz sempre a lembrança de festas passadas e me faz olhar, quase que automaticamente, para o retrato que tenho em meu quarto, na parede ao lado do computador. Me parece engraçado a forma como aquelas bochechas e os cachinhos que minha mãe costumava fazer trazem uma atmosfera inocente aos meus desejos de natal.
Nessa época muitos escrevem sobre a perda do verdadeiro sentido natalino e nos cobram por não agirmos de forma tão amorosa e alegre durante o ano todo. Não acho que seja positivo o fato dos valores consumistas terem tomado conta dessa data, mas não me proponho a julgar toda a sociedade por isso, muito menos irei me paltar por qualquer atitude dita hipócrita adotada por alguns. Afinal, não estou livre de cometer esses mesmos erros.
Me nego a compartilhar dessa revolta estampada em determinados textos, espécies de "alertas natalinos", que nos aconselham a tomar cuidado com as compras, as festas e até mesmo com as "boas intenções" alheias. Me nego a participar disso. Não, realmente não sei qual a necessidade de se comprar tanto, tanta comida, tantas lembranças, tantas roupas. Mas faço. Eu e todos a minha volta. Confesso. Se pequei, garanto que fui ao menos sincera com minha consciência. Então, não me chamem a revolução alguma contra o apelo da mídia. Prefiro me ater a ignorante inocência deslumbrada pelas luzes, bolinhas e sacos de presente, que me despertem paz e alegria.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Persistência

Quando estava escuro
Ela soube como sentir o silêncio,
E até apreciou o respirar profundo.
Lá fora apenas a chuva,
E não havia de ser diferente.
Não hesitou em mover-se,
Ainda que lentamente,
Precisava alcançar e não desistiria.
Sentiu em suas mãos as chaves,
Em um suspiro mostrou-se aliviada.
Entre os lábios murmurou...Liberdade!
A idéia de escrever veio até mim.
Aos seus olhos pode não parecer algo extraordinário, visto que muitos já passaram por este encontro, mas é singular. Ler o que outros escrevem em seus pedacinhos na internet sempre me chamou atenção. Essa escrita transparente, que se apresenta principalmente através daqueles que se mostram. Não falo de um mostrar vaidoso, mas escancarado, sem medo de errar. Gosto disso.
Ler e perceber as diferenças, descobrir também similaridades apesar das contradições mais gritantes entre o que se vê por dentro e por fora. Acredito que algumas leituras me despertam de maneira especial, elas ganham vida própria para gritar - ou susurrar- a mim algo que precisava ouvir claramente, mas que certamente não seria bem recebido através da fala de alguém.
Aqui pretendo desabafar. Não faltarão incoerências, isso é certo.